X JORNADA DO CAMPO PSICANALÍTICO e VII JORNADA DA EPFCL BRASIL FÓRUM SALVADOR

O SINTOMA E O MAL-ESTAR NOS DISCURSOS

Nos dias 19 e 20 de novembro próximo o Campo Psicanalítico realizará sua X Jornada juntamente com a VII Jornada do Campo Lacaniano sobre o tema - O sintoma e o mal-estar nos discursos. A jornada será aberta com uma mesa sobre "O sintoma, a verdade e o amor" na qual os autores buscarão saber em que medida o sintoma é um enunciado de uma verdade do sujeito do inconsciente, tal como disse Freud acerca da depressão, e ainda em que sentido devemos entender que o amor é um signo de que se muda de discurso. Segue-se a mesa sobre "Sintoma: linguagem e alíngua" onde os autores analisarão de que maneira os mecanismos da condensação e do deslocamento participam da formação do sintoma e se é possível atualizar o conceito de fantasia fundamental no conceito de alíngua entendido como a língua do sujeito do inconsciente e sua relação com o furo que o objeto a representa. Durante a aquisição da língua vão se acumulando uma série de mal-entendidos que fundam o inconsciente real e por via de consequência o sintoma. Depois trataremos de saber se é uma utopia dizer que o discurso do capitalismo joga um papel importante na formação do sintoma psicanalítico, quais são suas incompatibilidades e se a humanidade irá um dia curar-se tanto do capitalismo quanto da psicanálise. A partir desse momento vamos dar uma pausa para ouvir a conferência de nosso convidado Luis Andrade "Um gozo extraviado" e, em seguida, participar de um coquetel e lançamento de seu livro "A linha e o ponto: livro 2 - O caminho desde Lacan" e da coletânea do Campo Psicanalítico "O inconsciente e o corpo do ser falante" organizada por Soraya Carvalho.

Dia seguinte retomaremos nossa discussão sobre "Discurso, mal-estar e gozo" onde os autores vão tratar os quatro discursos como discursos radicais e examinar sua efetividade na dimensão clínica e na cultura. Seguimos com IRS - Impossibilidade da Relação Sexual ou com o aforisma "Não há relação sexual" para tratar da relação entre topologia e clínica. Em seguida, em "O diagnóstico em psiquiatria e psicanálise" trataremos do discurso histérico como modelo de discurso transmissível no qual "se manifesta um real próximo do discurso científico" e discutiremos uma hipótese a respeito dos sintomas contemporâneos que recai mais sobre a ordem de um “não poder”, impotência ou inibição do que propriamente do gozo do sintoma. Seguiremos com "O sintoma e o Real" onde os autores irão tratar o Real como o sintoma de Lacan e o sintoma como o que vem do Real; além disso, vão mostrar que o nó borromeano de três elos é equivalente à estrutura paranóica, a psicose. Um passo a mais e chegaremos ao tema "A identificação ao sintoma" onde os autores irão mostrar a homofonia entre Sinthome [Sintoma] e Saint Homme [Santo Homem] e croire, acreditar e creditar [dar crédito] ao sintoma. Por último, na mesa sobre "Estrutura e sintoma" os autores vão mostrar o poder do objeto - do falo ao objeto a, por intermédio de um conto de Grimm - "João Sortudo" e do Sinthome, especificando porque Lacan utilizou essa grafia para falar do Sintoma.